segunda-feira, 30 de março de 2020

Escolhas

       Eu acho que dessa vez fiquei o meu maior período sem escrever. Me desculpe vascaíno(a), mas eu escrevo por prazer e quero fazer algo bom para você, ler porcaria é fácil de achar por aí... ultimamente estava “sem vibe” e sem tempo, mas agora vamos aproveitar esse tempo em casa para criar e debater sobre o nosso time do coração.
       Time este que tem atualmente um presidente presente e atento (administra y administra) ao mundo da bola. Bastou ver a semifinal do Brasileirão de 1997 ontem à tarde, com Ramon jogando muito, para ficar tudo claro em sua cabeça e hoje ele sem perder tempo já confirmou o cara como nosso novo treinador. E pra mostrar serviço mesmo, traz ainda Antônio Lopes, que ontem era o técnico na conquista de 97 e amanhã passa a ser o novo coordenador-técnico de futebol. Campello, obrigado!
       Brincadeiras à parte, eu gostei das escolhas. Primeiro quero me direcionar ao Ramon, que é jovem, conhece muito bem o clube, tem sentimento pelo o mesmo e está recebendo a maior chance da sua vida até aqui como treinador de futebol. Isso não quer dizer que ele terá sucesso e seremos campeões (pelo menos não ainda), mas isso leva o Vasco para uma linha que era exatamente a que eu queria. Alguém novo no mercado que ainda não tivesse feito uma merda grande na carreira.
       Acredito que o Ramon tenha um diálogo próximo com os nossos jogadores, o que é essencial principalmente se tratando do Vasco (problemático) atual. A decisão está tomada e o comando é dele, e eu já estou fechado com o cara. Ganhando ou perdendo tem que dar pelo menos 3 meses para ele trabalhar. Para fechar, sem soltar fogos ou jogar confetes lembre-se: vários treinadores de sucesso começaram sua caminhada exatamente assim e as vezes o sucesso vem logo nessa primeira oportunidade, vamos ter calma, ir ao estádio (QUANDO FOR POSSÍVEL E PERMITIDO PELOS ORGÃOS DE SAÚDE) e apoiar.
       Sobre Antônio Lopes não tem nem muito o que falar, o cara é inteligente e pode ajudar, além de seguir a mesma linha de ter sentimento pelo clube. Pode ser um ótimo parceiro para o Ramon sobretudo em dias difíceis. E se analisarmos um pouquinho os últimos anos, esse Athletico Paranaense de sucesso, eu não sei quantos, mas tem dedo do Antônio Lopes sim.
       Por fim, em meio a erros e acertos, no meu ver a diretoria operou bem dessa vez. Foi dentro da sua realidade financeira, apostando em algo importante para um clube sofrido como o Vasco dos últimos anos, o AMOR. Se a pessoa não amar o Vasco, dificilmente vai conseguir ajuda-lo. Que a diretoria continue tomando boas decisões e não atrase os salários DE NINGUÉM, além é claro de contratar ao menos um lateral esquerdo porque não temos jogador para a posição (só uns meninos da base que ainda não estão maduros).

segunda-feira, 2 de março de 2020

Como diria Caíque: Fé

       "10 dias treinando o time e jogamos pior do que antes", li e ouvi muito isso nas últimas 36 horas. Sendo bem justo não tivemos esse período de treinos, pausa para o carnaval, viagem de volta da Bolívia... sendo mais justo ainda, muitos jogos e emoções já passaram, mas na real nem 2 meses de temporada nós temos (contando desde quando o time se apresentou para o ano 2020). 
       Não vim aqui defender o Abel, nem ninguém. Não sou advogado, sou jornalista. A questão é que eu tento não seguir os costumes do futebol brasileiro e enxergava sim uma evolução no trabalho do Abel, mesmo que mínima, mas existia. Sábado foi horrível, e me frustrou quanto a essa evolução. O maior problema para mim é a teimosia. Os pontos fracos do Vasco são óbvios.
       Agora pela frente uma baita decisão, mata mata da Copa do Brasil, jogo único e para um time apertado como o nosso, uma boa verba de mais de 1 milhão caso vença a partida. O fazer? Mudar o comando técnico agora não adianta, não há tempo hábil para fazer nada. E essa mudança que deverá acontecer em breve tem que ser muito bem pensada, senão seguimos o looping do nada.
       Trazer um técnico implica em muitas coisas, uma delas é tempo para o cara trabalhar. O técnico não necessita ser estrangeiro ou de grife, não precisa ter um salário astronômico ou um elenco de ponta, mas tem que ter tempo para trabalhar. Então quem vier, bom ou ruim, tem que ficar um período mínimo. Por isso eu acho absurdo pedir a demissão de um treinador com meia dúzia de jogos estaduais.
       As vezes somos (e eu me incluo) muito chatos, ora por "surrealismo", ora por chatisse mesmo. Qualquer cara que faz gol por outro time cabia como uma luva no Vasco e os nossos, quase todos, são terríveis. Um rival ganhou logo de cara de geral no estadual, meteu até goleada em clássico, artilheiro... primeiros dois confrontos mata mata, caiu nos dois, em um deles jogou 180 minutos contra um time horrível. Tenhamos calma, o Vasco pode até parecer mas não está nem perto de ser o pior time do Brasil hoje (o que não é um vitória óbvio, apenas calma).
       Sobre o confronto de quarta-feira, independente de treinador, estratégia, crise financeira, 11 inicial, temos que ir para cima e vencer. Com todo respeito ao adversário, mas o ABC joga a quarta divisão nacional e está longe de ser um time médio. Um diferencial é que eles começaram essa temporada ainda em 2019, estão com mais ritmo de jogo, mais entrosamento, mas não podem ter mais vontade. O Vasco jogará em casa e tem que se impor, jogando bem ou mal.