segunda-feira, 2 de março de 2020

Como diria Caíque: Fé

       "10 dias treinando o time e jogamos pior do que antes", li e ouvi muito isso nas últimas 36 horas. Sendo bem justo não tivemos esse período de treinos, pausa para o carnaval, viagem de volta da Bolívia... sendo mais justo ainda, muitos jogos e emoções já passaram, mas na real nem 2 meses de temporada nós temos (contando desde quando o time se apresentou para o ano 2020). 
       Não vim aqui defender o Abel, nem ninguém. Não sou advogado, sou jornalista. A questão é que eu tento não seguir os costumes do futebol brasileiro e enxergava sim uma evolução no trabalho do Abel, mesmo que mínima, mas existia. Sábado foi horrível, e me frustrou quanto a essa evolução. O maior problema para mim é a teimosia. Os pontos fracos do Vasco são óbvios.
       Agora pela frente uma baita decisão, mata mata da Copa do Brasil, jogo único e para um time apertado como o nosso, uma boa verba de mais de 1 milhão caso vença a partida. O fazer? Mudar o comando técnico agora não adianta, não há tempo hábil para fazer nada. E essa mudança que deverá acontecer em breve tem que ser muito bem pensada, senão seguimos o looping do nada.
       Trazer um técnico implica em muitas coisas, uma delas é tempo para o cara trabalhar. O técnico não necessita ser estrangeiro ou de grife, não precisa ter um salário astronômico ou um elenco de ponta, mas tem que ter tempo para trabalhar. Então quem vier, bom ou ruim, tem que ficar um período mínimo. Por isso eu acho absurdo pedir a demissão de um treinador com meia dúzia de jogos estaduais.
       As vezes somos (e eu me incluo) muito chatos, ora por "surrealismo", ora por chatisse mesmo. Qualquer cara que faz gol por outro time cabia como uma luva no Vasco e os nossos, quase todos, são terríveis. Um rival ganhou logo de cara de geral no estadual, meteu até goleada em clássico, artilheiro... primeiros dois confrontos mata mata, caiu nos dois, em um deles jogou 180 minutos contra um time horrível. Tenhamos calma, o Vasco pode até parecer mas não está nem perto de ser o pior time do Brasil hoje (o que não é um vitória óbvio, apenas calma).
       Sobre o confronto de quarta-feira, independente de treinador, estratégia, crise financeira, 11 inicial, temos que ir para cima e vencer. Com todo respeito ao adversário, mas o ABC joga a quarta divisão nacional e está longe de ser um time médio. Um diferencial é que eles começaram essa temporada ainda em 2019, estão com mais ritmo de jogo, mais entrosamento, mas não podem ter mais vontade. O Vasco jogará em casa e tem que se impor, jogando bem ou mal.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo seu trabalho muito bom belo texto, é isso mesmo que falta ao torcedor principalmente, CALMA.

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  2. E ninguém para, é supercopa, recopa e Guanabara

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