quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

$ Negócios $

       Embora a temporada já tenha começado há quase 2 meses, o mundo do futebol brasileiro vive tão agitado nos bastidores das negociações, quanto dentro das quatro linhas. Isso porque aqui o comércio é livre, em qualquer época do ano podem ser feitas vendas, trocas, compras... um exemplo de organização, deve ser alguma forma de incentivo das federações.
       No nosso amado Vascão existe a enorme expectativa da chegada do bom volante Souza, criado em São Januário. Basicamente é o seguinte, ele joga em um time lá na Arábia, está machucado e não poderá mais jogar pelo seu time na atual temporada porque não foi inscrito nas competições. Dai ele quer assinar um contrato de 3 meses, para fazer o tratamento conosco e depois jogar o restante do tempo possível. Detalhe, ele viria de graça, por que seria emprestado e o time árabe que iria continuar pagando o salário dele.
       Eu não acho boa ideia, na verdade, com este modelo de negócio até torço para que não dê certo. Óbvio que o Souza seria um baita reforço, com certeza iria alavancar mais um pouco o plano de sócio torcedor (que neste exato momento tem 25.766 torcedores e contando...). Mas olhando friamente para o time, para o jogo de futebol, Alberto Valentim está custando a achar um time base, um Vasco que faça sentido e não nos faça sofrer. Como daqui mais 6 semanas mudar tudo para encaixar o Souza? Ou pior, mesmo que o encaixe dele seja tranquilo, e só some. Como reorganizar o time depois que ele tiver que sair?
       Ontem o tema contrato esteve na pauta cruzmaltina também com jogadores que já são nossos. Máxi López e Leandro Castán, veteranos e titulares absolutos, ambos tem contrato até o final deste ano e já discutem uma renovação. Com o primeiro, que é mais velho, o Vasco ofereceu contrato até o final de 2020 com aumento salarial, ele quer até o final do ano seguinte e com mais aumento. Máxi é ótimo, sou eternamente grato, ele foi um dos que nos salvou do quarto rebaixamento, quero que ele renove, pode ser até 2021. Mas ele tem que se cuidar mais para não ficar acima do peso, não pode levar cartão amarelo quase todo jogo e tem que mostrar que ama mesmo o clube e entender que não pode receber um salário acima da nossa realidade.
       No fim da tarde desta terça também renovamos o contrato de uma das nossas jóias, Caio Lopes, para mim o melhor jogador da gente na Copinha junto com o Lucas Santos. Agora ele é nosso até o final de 2022. Ainda bem, demoramos até a agir, o contrato dele se encerrava no próximo mês de Outubro... a poucos dias ele foi chamado por Valentim para subir ao time profissional, só precisa ser bem utilizado agora, jogar nessa fase de grupos da Taça Rio e não ficar só treinando ou entrar num jogo fogueira.
       Nos últimos dias alguns clubes tem negociados jogadores por valores bem interessantes, Henrique Dourado vendido pelo Flamengo por 22 milhões de reais, Tetê que nunca jogou no time profissional do Grêmio foi vendido por 10 milhões de euros, que podem chegar até 13, dependendo de algumas variáveis e o Palmeiras recusando uma mega proposta pelo Deyverson porque o seu treinador pediu. Curiosamente logo após o Vasco QUASE aceitar uma oferta relativamente baixa pelo Lucas Santos, que também teve muita vontade de ficar em São Januário. A grande diferença nesses casos é que o Vasco hoje não chega nem perto da organização desses times e vive sim um problema financeiro. Para os citados tanto faz vender ou não, logo eles podem se impor e dificultar as negociações para conseguirem um ótimo valor. O Vascão infelizmente não pode, precisa vender, se não fica asfixiado.
       Por fim, um pitaco sobre os novos uniformes de treino, não achei belíssimos, mas também não são abomináveis. Destaque para o branco que da para usar em QUALQUER evento! Mas os outros dois, cinza e verde limão (se for esse o nome da cor), seguem tendências e estilos da moda no futebol europeu, e pode ter sido sim uma boa jogada do Vasco que precisa ter sua imagem mais conhecida e espalhada pelo mundo.

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