Vasco = Brasil, Brasil = Vasco

       O dia foi muito corrido, devido ao meu trabalho e eu pouco pude acompanhar os jogos de Vasco e Brasil. Curioso que ontem a noite comentei com uma amiga jornalista, tomara que os deuses do futebol me ajudem e tenham semelhanças entre os embates.
       Nem se eu fosse muito pessimista conseguiria imaginar que uma das semelhanças seria o resultado negativo. O Brasil enfrentava o Panamá, com todo respeito, mas tinha que ganhar, empate foi derrota. E o Vasco jogava em São Janu contra o Bangu, onde estava 100% na temporada. O time da virada, perdeu por 2x1.
       É bem verdade que temos que fazer ponderações, o time do Brasil jogou um amistoso a mais pensando na Copa América. O Panamá jogou a partida da sua vida (pelo menos para os que estavam em campo usando vermelho). E o Bangu é líder do seu grupo e agora já está classificado para a semifinal do Estadual.
       Brasil e Vasco tinham obrigação de ganhar e pelo pouco que pude ver, poderiam ter conseguido isso até com um placar, que agora estaria sendo elogiado pela elasticidade. É difícil falar na hora da derrota, é mais difícil ainda ver o bem no mal. Mas ambos não fizeram partidas ruins.
       Ao falar isso, não digo que estou satisfeito com os resultados, tanto Brasil quanto Vasco, dentro de seus limites e proporções, tem bons times. Hoje o problema principal foi aproveitar as oportunidades. E isso não é só falta de pontaria. É falta de precisão, confiança, entrosamento e concentração.
       Falar que jogaram mal, acho demais, xingar ou vaiar time e treinador, respeito qualquer e toda opinião, mas acho exagero. Voltando 4 linhas no texto, ambos os times se distraem muito fácil durante o jogo. Controla, controla, controla, até o botão "desligar" ser acionado e o time entrar em colapso, por poucos minutos que seja. Quando volta, geralmente já tem um prejuízo.
       Outra ambiguidade, é a teimosia dos seus treinadores. Gosto dos dois trabalhos, e sou totalmente contra trocas de técnicos neste momento, mas eles tem a cabeça dura demais e demoram a perceber coisas óbvias, por isso a ira da torcida.
       Por fim, acredito muito nos dois títulos, até porque dentre as coisas positivas, tivemos dois moleques marcando gol, Paquetá (o seu primeiro) e Tiago Reis (o seu segundo), realidades do futebol que irão nos ajudar. E também porque eu consigo lembrar do time bem, no dia que ele está "mal". Perder nunca é bom, eu não gosto nem no par ou ímpar, mas é tão importante quanto vencer.